Estabilidade do biofertilizante tipo Supermagro em um período de três meses

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Miguel Alfredo Ruiz
Ana Maria Junqueira
Luis Miguel Mejia

Resumo

Os biofertilizantes são fertiprotetores, provenientes de um processo de decomposição de matéria orgânica (animal ou vegetal), sendo geralmente utilizados nos sistemas de produção de base ecológica como insumo de efeitos múltiplos (fertilizante, estimulante, repelente de insetos e controlador de doenças). Nesta pesquisa, foi avaliada a estabilidade do biofertilizante SUPERMAGRO, por um período de três meses. Avaliou-se, semanalmente, o teor dos nutrientes N, P, K, Ca, Mg, S, Fe, B, Cu, Mn, Zn, na fração líquida do produto. Além disso, foram monitorados, como indicadores de concentração, a condutividade elétrica, os sais totais dissolvidos e os sólidos solúveis totais; e como indicadores de fermentação, o pH e o ácido láctico. Pode-se concluir que o SUPERMAGRO apresenta as melhores características para uso agrícola na quinta semana, pois, nesse período, tem quantidades elevadas de ácido láctico, pH estabilizado e concluído o processo de adição mineral. Adicionalmente, esse biofertilizante, com até três meses de fermentação, pode ser usado em aplicações foliares, em uma concentração de 5%, sobre a maioria das culturas, sem perigos de toxicidade mineral.

Detalhes do artigo

Como Citar
Ruiz, M. A., Junqueira, A. M., & Mejia, L. M. (2016). Estabilidade do biofertilizante tipo Supermagro em um período de três meses. Revista Brasileira De Agroecologia, 11(2). Recuperado de https://revistas.aba-agroecologia.org.br/rbagroecologia/article/view/16195
Seção
Notas Agroecológicas
Biografia do Autor

Miguel Alfredo Ruiz, Universidade de Brasilia - UnB

Mestre em Agronomia: Sistemas de Produção Agrícolas Sustentáveis, pela Universidade de Brasília (UnB) Brasil, (2013), Engenheiro Agrônomo pela Universidade de Caldas, Colômbia (2005). Atualmente Doutorando em Agronomia (UnB), na linha de pesquisa “Sistemas de Produção Agrícolas Sustentáveis”. Tem experiência em transferência de tecnologia a pequenos agricultores, especialmente tecnologias agroecológicas de produção; acompanhamento de processos de certificação coletiva; elaboração e implementação de projetos de segurança e soberania alimentar; formulação, avaliação e execução de projetos agrícolas e de desenvolvimento comunitário; criação e fortalecimento de grupos camponeses, população deslocada ou em risco de deslocamento e mulheres chefes de família. Também tem experiência no setor privado em produção e administração agrícola.

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